O Cantar das Florinhas mantém-se vivo na Cumeada e na Sertã graças ao esforço das comunidades locais, catequistas, párocos e famílias. No entanto, enfrenta os desafios comuns a muitas tradições religiosas: diminuição da prática regular, menor número de crianças, e mudanças culturais que afastam as novas gerações da vivência paroquial.
Na Cumeada, a tradição é hoje mais concentrada nos domingos de maio, mas continua a ser vivida com emoção e sentido comunitário. Na Sertã, mantém-se integrada na liturgia e na procissão do dia 12 de maio, envolvendo jovens e escuteiros, o que reforça a sua visibilidade.
O futuro desta tradição depende da continuidade da transmissão oral, da valorização pelas escolas e catequeses, e do registo sistemático das letras, músicas e contextos de execução. É também fundamental reconhecer o seu valor patrimonial e identitário, como uma forma de espiritualidade popular que atravessa gerações e liga fé, infância, natureza e comunidade.