As bandeiras atuam como cartaz do Bairro de origem e anunciam o nome do fundamento. Os grupos deslocam-se a diversas localidades com as respetivas Brincas e era comum o encontro de duas ou mais trupes numa aldeia. As bandeiras funcionam como elemento agregador das trupes nestas ocasiões.
Durante a parte final do fundamento a bandeira desloca-se para o centro do espaço cénico para ser homenageada pelo grupo que lhe dedica uma décima e uma canção.
"A brinca reúne-se por vezes em redor de uma bandeira, mastro ou estandarte, por vezes ostentando a bandeira nacional e o nome da brinca, enfeitado artisticamente com armações diversas, papéis coloridos, fitas de seda, etc., dependendo a decoração… do gosto e das possibilidades dos elementos constituintes do grupo. A bandeira é um fator de coesão do grupo e emblema da Brinca, eixo-força do círculo da dramatização do fundamento" (Arimateia, 2009: 10).
Isabel Bezelga refere "A dualidade presente na bandeira, elemento identitário do Grupo, em que de um lado se encontra a inscrição do nome do Fundamento e, do outro lado, o nome do Bairro a que pertencem. Esta dupla aparição - vínculo pontual versus sentido simbólico de continuidade - reforça a necessidade de um olhar mais atento para as características destes grupos."(2012: 220)