As Brincas são uma forma de teatro tradicional que sobrevive em comunidades rurais de Évora que as têm como marca identitária. Diferenciam-se de outras práticas teatrais tradicionais pela renovação e criação de textos dramatúrgicos. Anualmente cada grupo decide se representa um texto que já está na sua posse (e que já foi representado no passado do grupo) ou se encomenda uma nova peça a um dramaturgo local. Estes textos respeitam uma estrutura que é ditada pelos momentos ritualizados do espetáculo (comuns a todas as representações de todos os grupos) e uma forma (são escritos em décimas) mas gozam de inteira liberdade criativa no tema e no tratamento do mesmo.
É esta vivência comunitária, em Portugal, de teatro tradicional com dramaturgia própria e em renovação que queremos divulgar através desta edição digital das Brincas.
O vídeo é essencial nesta edição para demonstrar a ritualização desta prática que vai da entoação ao uso do espaço cénico passando pela relação com o público e com os representantes comunitários locais.
As práticas teatrais tradicionais despertam o interesse da comunidade criativa que ao longo das ultimas décadas as tem estudado e reutilizado nas artes cénicas e performativas, tal como nas práticas educativas em diversas vertentes e contextos.
No âmbito do projeto MEMORIAMEDIA estamos a dedicar recursos humanos e técnicos à pesquisa e inventariação de práticas performativas comunitárias em Portugal. Das entrevistas e gravações efetuadas a praticantes e detentores destas artes ressalta o envolvimento social transversal, a reafirmação de fatores identitários da comunidade, a noção de participar em algo maior e mais antigo, algo que não pode morrer e que deve ser passado à geração seguinte. Esta profunda integração social de manifestações teatrais é uma das poucas explicações para a resiliência e momentos de esplendor do teatro (todo o teatro) ao longo dos séculos.
A Brinca, apesar de executada no entrudo, o tempo da subversão, segue uma estrutura complexa, já rara de encontrar noutras manifestações performativas tradicionais.
Os momentos da Brinca estabelecem um relacionamento comunitário claro que respeita a comunidade visitada e que só inicia a subversão após a autorização do representante comunitário local.
Entrada
O Mestre conduz o agrupamento em marcha a duas filas na apresentação à comunidade. Após a música de abertura. Rui Arimateía refere que é "de salientar a importância do Bombo no anúncio da saída das Brincas pelo Carnaval. Nas noites silenciosas dos lugares dos anos 50, as pessoas conseguiam escutar as pancadas nos enormes Bombos utilizados pelos foliões a uma distância considerável, inclusive identificando o local onde estavam a ser executadas: no Degebe, nas Espadas, em Vale Côvo, na Garraia, nos Canaviais... todos topónimos de Quintas de características rurais à volta da cidade de Évora, onde a tradição das Brincas se manteve até aos nossos dias." (2015: 8)
Décima de autorização
O Mestre faz o pedido de atuação dirigido ao representante da comunidade ("Dono do Lugar" ou "Dono da Rua") que está posicionado em lugar destacado no espaço de atuação.
Contradança
Dada a autorização começa uma contradança que termina com a colocação dos participantes em círculo fechado, ocupando as posições que cada personagem tem durante o desenvolvimento do espetáculo.
Prólogo
O mestre inicia o prólogo que resume a proposta dramática e apresenta os personagens.
Função
A peça desenrola-se mantendo o círculo. Os atores deslocam-se dentro do círculo de acordo com as suas intervenções e retomam o seu lugar quando terminam. Os Faz-tudo pontuam o espetáculo com intervenções quase contínuas que retiram o dramatismo às situações criadas.
Entremez
Finalizada a peça, o fundamento, o Mestre faz um apelo à doação . Segue-se o entremez dos Faz-tudo enquanto se recolhem as moedas atiradas para o círculo pelos espectadores.
A finalizar o entremez o grupo executa uma coreografia com música com evolução da formação até formar o círculo.
Décima à bandeira
O porta-bandeira posiciona-se no centro da roda e segue-se o momento da "Décima à Bandeira" em que cada ator avança e numa décima resume o seu personagem terminando sempre com o nome do grupo/fundamento.
Décima de despedida
O Mestre despede-se do representante da comunidade com uma décima em que refere o empenho do grupo no fundamento.
Contradança
Segue-se a última contradança. O grupo retira-se continuando a tocar e exclama em uníssono: "Até pró Ano".
Fundamento é o texto dramático, escrito em décimas, que é representado durante as Brincas. O tema de cada fundamento é livre.
Partilha o imaginário e a vocação da oralidade com as narrativas do Cordel. Os temas conhecidos estendem-se desde a inspiração bíblica à história de Portugal, dos casos aos contos tradicionais. De notar que a estória a contar em cada fundamento ocupa cerca de metade do texto. O restante (sempre em décimas) é reservado para os diversos momentos do ritual das Brincas. Podem conter indicações de cena, à semelhança de muitos textos teatrais.
Carmem Vizinha, autora de fundamentos, define (2016):
"O fundamento consiste, desde o primeiro minuto em que o Mestre se desloca ao local e pede a autorização, desde a décima de apresentação e cumprimento até à décima final de despedida. Todas as décimas dos palhaços, as décimas da bandeira, … a letra da musica, tudo isso faz parte de um só fundamento e é completamente diferente de fundamento para fundamento. Todos eles têm uma forma diferente de apresentar… o grupo... os palhaços, independentemente de serem os mesmos, todos os anos têm uma décima diferente, e a bandeira todos os anos tem uma décima diferente, consoante os elementos, e a música também. "
Cada coletivo de Brincas seleciona um fundamento para representar, o que pode envolver a encomenda do texto ou a seleção a partir do espólio de cada coletivo. Escolhido o fundamento o grupo assume o título como seu nome de grupo para o entrudo e borda-o na bandeira.
Alguns fundamentos de Raimundo José Lopes, coligidos por Luís de Matos:
O Geraldo Sem-Pavor - Baixar PDF
Raínha Santa Isabel - Baixar PDF
O Estandarte - Baixar PDF
Prefácio de Isabel Bezelga, notas do colector Luís de Matos sobre a publicação destes três fundamentos e biografia de Raimundo José Lopes - Baixar PDF
Espaço ao ar livre, preferencialmente, em que os atores estabelecem um círculo interno e todos se veem.
O público distribui-se no exterior deste círculo. Cada personagem tem um lugar pré-definido que mantém durante a peça. As interações entre personagens fazem-se por deslocação dos atores que, quando terminam a sua intervenção voltam ao lugar inicial.
Este círculo interior resulta eficaz na delimitação da área reservada à ação cénica por oposição ao público.
Segundo Rui Arimateia:
"Os Grupos de Brincas actuam preferencialmente nos bairros periféricos à cidade de Évora, nas quintas ou nas aldeias, o espaço cénico tradicional para a representação das Brincas é, por excelência, a rua ou o largo ou em casão agrícola cedido para o efeito. Era normalmente junto a uma 'venda' para que o dono da mesma, transformado em 'dono do lugar' no final facultasse uma bebida e ou um petisco aos elementos da Brinca." (2015: 8)
"(…) a dramatização, inicia-se depois de todos os elementos da brinca se colocarem em círculo, exceto os palhaços, que não possuem lugar fixo. Os personagens só saem do seu lugar do círculo aquando da sua deixa, dirigindo-se então em direção aos seus interlocutores. (...) As diferentes coreografias geometrizam o espaço com círculos, quadrados, sinos-saimão, estrelas, meias-luas, etc, desenhos estes conotados com certos elementos tradicionais de cariz eventualmente mágico e propiciatório. A geometrização é principalmente elaborada durante as contradanças, sua formação e desformação."(id. ibidem: 9)
Distribuição dos personagens no fundamento "Geraldo Sem-Pavor" de Raimundo José Lopes. Transposição a partir do manuscrito por Luís de Matos (2015) em "Os Fundamentos das brincas de Évora"
Mestre de cerimónias, ensaiador e coreógrafo da Brinca. O Mestre assume o cargo quando o antigo Mestre o convida para substitui-lo. Na maioria dos casos conhecidos o antigo mestre orienta o novo mestre durante algum tempo.
Mauro, mestre de Brincas descreve a sua função (2016):
"Ser Mestre é um fardo muito grande porque o mestre é que comanda o grupo todo. Tem como principais objetivos(…) apresentar a história que vai ser realizada; criticar o que está mal e saber reconhecer quando as coisas estão bem; emendar os erros das pessoas; (…) é quem vai pedir autorização para atuar naquela rua específica. Às vezes, quando tentamos dar críticas construtivas podem levar a mal. É a segunda vez que estou a ser Mestre das Brincas e por acaso estou a gostar. Agradeço a confiança que estão a depositar em mim e logo se vê o que vai acontecer este ano"
Segundo Rui Arimateia:
"É, regra geral, o ensaiador. A sua função é mandar a música, orientar a brinca, explicar, apresentar e agradecer ao dono do lugar durante a estadia e representação do seu grupo nesse local. É o que responde ao despique em décimas, com outro mestre, se outra brinca se cruzar com a dele, se não chegarem a bom termo as necessárias negociações para esclarecer e definir de qual brinca atuará em primeiro lugar em dado local.
Possui gestos estereotipados que marcam o ritmo da música, através de movimentos mais os menos bruscos, mas ritmados e cadenciados, das mãos, segurando por vezes fitas coloridas.
Ao som de um apito, manda executar as várias marcações das contradanças e das outras movimentações coreográficas" (Arimateia, 2009:9).
Voluntários do grupo a quem é distribuído um personagem do fundamento. Decoram as suas falas em décimas.
As técnicas de ator estão ausentes desta performance num traço comum com outras práticas teatrais tradicionais. São dirigidos pelo mestre, sobretudo no que diz respeito à dicção das décimas.
Cada grupo desenvolve o seu modo de cante do texto com entoações e musicalidade distintas, sendo esta uma das marcas identitárias das Brincas.
As movimentações cénicas dos atores são geralmente marcadas no fundamento e interpretadas pelo Mestre.
O registo geral da performance não é rígido, deixando ao ator a gestão do tempo e da atitude. Tratando-se de um registo carnavalesco, é grande a permeabilidade da atitude do ator a todas as ações externas ao seu desempenho (as interferências dos palhaços e do público).
Os atores são em simultâneo os músicos do grupo.
Segundo Rui Arimateia:
"As Brincas eram tradicionalmente constituídas somente por homens, travestindo-se se necessário para o desenrolar do fundamento, numa média de quinze a vinte elementos: um mestre, dois ou três palhaços (os faz-tudo), músicos, onde a bateria (bombo, caixa, pandeiretas, pratos e ferrinhos) e a concertina têm um papel fundamental, um porta-estandarte e os restantes figurantes para a execução/representação dos diferentes papéis do fundamento.
De facto trata-se de uma forma muito rica e complexa de Cultura Popular, com as manifestações artísticas dos seus componentes: poetas, músicos, encenadores, coreógrafos, artistas plásticos de cariz marcadamente popular, criando ou re-criando eles próprios os versos do fundamento e as músicas executadas.
Os instrumentos tradicionalmente utilizados pelas brincas são o bombo, a caixa, o acordeão e a concertina, a pandeireta, os pratos, a guitarra, a sarronca, os ferrinhos, o cântaro, os reque-reques e as castanholas, variando de grupo para grupo, consoante os meios humanos que cada mestre consegue mobilizar para a sua brinca.
Refira-se aqui o papel de grande importância que desempenharam as Associações com vocações artísticas e musicais, como era o caso dos Amadores de Música Eborense e da Sociedade Recreativa e Dramática Eborense, que forneciam aos músicos populares participantes nas Brincas, mediante o pagamento de pequena taxa de aluguer, instrumentos musicais diversos." (2015: 7)
" 'A alma da brinca, para quem a representa, é o fundamento; e para quem a presencia são os palhaços', segundo depoimento de um Mestre de Brinca.
É o Faz-Tudo. Serve de ponto, serve igualmente para tapar os enganos dos companheiros. A sua fala é de improviso.
Tem uma função essencialmente desorganizadora e anomista na ordem dramática decorrente durante a representação. É um provocador de situações absurdas, irracionais, cómicas...
É, por outro lado, o elemento dinâmico que intervém ao longo de todo o tempo da representação. É o grande elo de ligação entre o círculo onde decorre aquela representação e o próprio povo que assiste e que, subitamente, se encontra envolvido no processo dramático, é obrigado a isso pelas brincadeiras dos palhaços, transferindo para o referido espaço cénico os seus sentimentos mais profundos e as suas reacções mais primárias, mais espontâneas.
Inserido e simultaneamente elemento exógeno de toda a dramaturgia, o palhaço intervém para quebrar as tensões e as próprias mensagens veiculadas pelos personagens ao longo da narração e, especialmente, nos momentos críticos de grande tragédia vivencial.
'Os palhaços fazem tudo ao contrário e quanto mais ao contrário mais graça têm.'
O palhaço é o elemento, digamos assim, que retira o eventual excesso de densidade dramática da acção, conferindo-lhe uma frescura e um à vontade frequentemente excessivo, por vezes obsceno para a moralidade e o sistema de regras em vigor, o senso comum, mas, é Carnaval."(Arimateia, 2009:8-9).
"Na generalidade das Brincas, assiste-se a um verdadeiro ecletismo no uso de figurinos e adereços que, em certa medida, ignoram completamente a tradicional unidade de espaço e tempo. Nos figurinos, encontramos o Figurino tradicional, o figurino adaptado à personagem do Fundamento e os Figurinos dos Faz-Tudo.
(…)
O aluguer de fatos era uma prática comum, até porque não dispunham de um guarda-roupa que lhes permitisse fazer face à uniformização pretendida. O fato seria o do casamento o que, dada a faixa etária relativamente jovem que tradicionalmente compunha os grupos de Brincas, para muitos ainda não teria acontecido: 'Para os fatos íamos ali à Rua de Machede, havia lá uma loja onde íamos alugar os fatos. Agora não, agora já se fazem os fatos (…) mas antigamente não, a gente alugava sempre os fatos.
Havia uma pessoa, que agora até já deve ter falecido, também na Rua dos Mercadores, que também alugava. Tanto para o Mestre como para as outras personagens' 'ILMB'. Na sequência da realização dos Carnavais de Évora, foi muitas vezes o CENDREV quem emprestou apontamentos do seu guarda-roupa aos performers das Brincas.
Atualmente, assiste-se a uma maior facilidade de aquisição das roupas e adereços, devido a uma significativa melhoria das condições socioeconómicas.
Os fatos tradicionais usados nas Brincas têm por base um casaco, calça e chapéu escuros e camisa branca. No entanto, o que lhes transmite as características de "figurino tradicional de Brincas" é a colocação de fitas e flores e o enfeite dos chapéus.
(…)
A confeção doméstica é um aspecto importante no envolvimento de todos os que participam na performance. As redes familiares e de vizinhança facilmente se ativavam nesta ocasião até porque não põe em causa o segredo do tema/fundamento. As flores, maioritariamente continuam a ser feitas de papel, na linha de uma tradição presente ainda no Alentejo" (Bezelga, 2012: 340-345).
"Relativamente aos adereços podemos considerar três tipos:
(...)Os adereços que têm uma carga simbólica específica no Grupo, como, por exemplo, o ponteiro e o apito do Mestre, o Mastro com a bandeira ou estandarte do Grupo (decorados com fitas) e ainda o "apoio" dos Faz-tudo; (...)os adereços de cena: os volumosos suportes cenográficos ou os poucos e pequenos objetos que estão diretamente relacionados com o enredo dramático;(...) os mil e um objetos dos Faz-Tudo que, dentro de várias malas, vão sendo acumulados no decorrer das várias apresentações da performance e que invadem toda a roda em momentos ritualizados do jogo dos Faz-Tudo." (id. ibidem: 346)
As bandeiras atuam como cartaz do Bairro de origem e anunciam o nome do fundamento. Os grupos deslocam-se a diversas localidades com as respetivas Brincas e era comum o encontro de duas ou mais trupes numa aldeia. As bandeiras funcionam como elemento agregador das trupes nestas ocasiões.
Durante a parte final do fundamento a bandeira desloca-se para o centro do espaço cénico para ser homenageada pelo grupo que lhe dedica uma décima e uma canção.
"A brinca reúne-se por vezes em redor de uma bandeira, mastro ou estandarte, por vezes ostentando a bandeira nacional e o nome da brinca, enfeitado artisticamente com armações diversas, papéis coloridos, fitas de seda, etc., dependendo a decoração… do gosto e das possibilidades dos elementos constituintes do grupo. A bandeira é um fator de coesão do grupo e emblema da Brinca, eixo-força do círculo da dramatização do fundamento" (Arimateia, 2009: 10).
Isabel Bezelga refere "A dualidade presente na bandeira, elemento identitário do Grupo, em que de um lado se encontra a inscrição do nome do Fundamento e, do outro lado, o nome do Bairro a que pertencem. Esta dupla aparição - vínculo pontual versus sentido simbólico de continuidade - reforça a necessidade de um olhar mais atento para as características destes grupos."(2012: 220)
Coligido por Rui Arimateia
NOME DA BRINCA |
ANO |
3.ª FEIRA CARNAVAL |
FUNDAMENTO |
AUTORIA |
MESTRE |
|
1922 |
28 de Fevereiro |
Os Meses do Ano |
Marcelino José Bravo |
|
|
1923 |
13 de Fevereiro |
As cinco partes do mundo |
Jesuíno dos Santos Carrageta |
|
Canaviais |
1926 |
16 de Fevereiro |
Todos os ofícios |
Felisberto José Bonito |
Felisberto José Bonito |
|
1933 |
28 de Fevereiro |
As Fontes de Évora |
|
|
B.º de Almeirim |
1946 |
5 de Março |
O Bocage |
Raimundo José Lopes |
Raimundo José Lopes |
Canaviais |
1947 |
18 de Fevereiro |
Florindo Estorrado |
||
Canaviais |
1949 |
1 de Março |
O menino da mata e o seu cão Piloto | Raimundo Lopes ou Joaquim Palheta |
Custódio Cadete |
Monte da Pereira |
1950 |
21 de Fevereiro |
As Quatro Estações do Ano |
Linhol |
Linhol |
B.º de Almeirim |
1950 |
21 de Fevereiro |
Os Bebedolas |
Raimundo José Lopes |
Raimundo José Lopes |
Canaviais |
1950 |
21 de Fevereiro |
Carlos Magno |
Joaquim Palheta |
Joaquim Domingos "Virtuoso" |
Canaviais |
1950 |
21 de Fevereiro |
A Imperatriz Porcina |
Raimundo José Lopes (?) |
Júlio Neves |
Canaviais |
1951 |
6 de Fevereiro |
Amor de Perdição |
Joaquim Palheta |
António Luís Abreu |
Peramanca |
1953 |
17 de Fevereiro |
Fidalguinhas |
|
Arménio de Jesus dos Santos |
Santo Antonico |
1954 |
9 de Março |
|
|
Manuel Rolo |
Canaviais |
1955 |
22 de Fevereiro |
A escravidão da mulher |
Joaquim Palheta |
Francisco Pardal Vicente |
Canaviais |
1955 |
22 de Fevereiro |
Joaquim Gaiolas |
||
Canaviais |
1955 |
22 de Fevereiro |
Manuel Candeias |
||
Canaviais |
1956 |
14 de Fevereiro |
Os trabalhadores rurais |
Manuel Candeias |
|
B.º de Almeirim |
1957 |
5 de Março |
A Fugitiva |
Raimundo José Lopes |
Raimundo José Lopes |
N.ª Sr.ª de Machede |
1958 |
18 de Fevereiro |
As Quatro Estações |
José Caetano |
José Caetano |
N.ª Sr.ª de Machede |
1959 |
10 de Fevereiro |
O Namoro (fitas) |
Bernardino Piteira |
Bernardino Piteira |
Santo Antonico |
1960 |
1 de Março |
|
|
Manuel Grenho |
N.ª Sr.ª de Machede |
1960 |
1 de Março |
|
Bernardino Piteira |
Bernardino Piteira |
N.ª Sr.ª de Machede |
1961 |
14 de Fevereiro |
|
Marcolino José Mestre |
Marcolino José Mestre |
Louredo |
1963 |
26 de Fevereiro |
Reis Rivais |
|
José Luís Soldado |
Louredo |
1965 |
2 de Março |
|
|
|
São Bento |
1965 |
2 de Março |
O Pedreiro |
Chaveiro |
João Bravo "Gato" |
Louredo |
1966 |
22 de Fevereiro |
O Corsário Dragão |
Raimundo José Lopes |
Manuel Elisiário Nobre Barradas |
Louredo |
1968 |
27 de Fevereiro |
Rainha Santa Isabel |
Raimundo José Lopes |
Manuel Elisiário Nobre Barradas |
Louredo |
1969 |
18 de Fevereiro |
|
|
António Joaquim Mira Soldado |
Louredo |
1970 |
10 de Fevereiro |
|
|
José Luís Nobre |
Louredo |
1971 |
23 de Fevereiro |
|
|
José Luís Nobre |
Louredo |
1972 |
15 de Fevereiro |
|
|
José Luís Nobre |
Louredo |
1973 |
6 de Março |
|
|
José Luís Nobre |
Canaviais |
1974 |
26 de Fevereiro |
O Lavrador |
Raimundo José Lopes |
Adelino Balixa Ourives |
Canaviais |
1975 |
11 de Fevereiro |
O Desertor |
|
Adelino Balixa Ourives |
Canaviais |
1976 |
2 de Março |
A Embarcação |
|
Adelino Balixa Ourives |
Canaviais |
1976 |
2 de Março |
João Soldado |
Raimundo José Lopes |
Adelino Balixa Ourives |
Louredo |
1977 |
22 de Fevereiro |
O Corsário Dragão |
Raimundo José Lopes |
Manuel Nobre |
Louredo |
1978 |
7 de Fevereiro |
Rainha Santa Isabel |
Raimundo José Lopes |
Manuel Nobre |
Degebe |
1979 |
27 de Fevereiro |
A Namoradeira |
Raimundo José Lopes |
Luís Manuel Ourives Fezes |
|
1980 |
19 de Fevereiro |
|
|
|
N.ª Sr.ª da Tourega |
1982 |
23 de Fevereiro |
A Gargalhada |
|
Alexandre Joaquim Eduardo |
B.º do Bacelo |
1982 |
23 de Fevereiro |
O Estandarte |
Raimundo José Lopes |
Francisco Malarranha |
Degebe |
1982 |
23 de Fevereiro |
João Soldado |
Raimundo José Lopes |
Luís Manuel Ourives Fezes |
Canaviais |
1982 |
23 de Fevereiro |
As Encantadas |
Raimundo José Lopes |
Adelino Balixa Ourives |
B.º Santo António |
1982 |
23 de Fevereiro |
Rainha Santa Isabel |
Raimundo José Lopes |
Angelina Santos |
N.ª Sr.ª da Tourega |
1983 |
15 de Fevereiro |
|
|
Alexandre Joaquim Eduardo |
Canaviais |
1983 |
15 de Fevereiro |
O Estandarte |
Raimundo José Lopes |
Adelino Balixa Ourives |
Degebe |
1983 |
15 de Fevereiro |
O Desertor |
Raimundo José Lopes |
Raimundo José Lopes |
B.º Bacelo |
1983 |
15 de Fevereiro |
As Encantadas |
Raimundo José Lopes |
Francisco Malarranha |
B.º Santo António |
1983 |
15 de Fevereiro |
O Lavrador |
Raimundo José Lopes |
Claudino Pãozinho |
Canaviais |
1984 |
6 de Março |
O Estandarte |
Raimundo José Lopes |
|
Degebe |
1984 |
6 de Março |
O grupo sagrado |
Raimundo José Lopes |
Luís Manuel Ourives Fezes |
Canaviais |
1985 |
19 de Fevereiro |
As Encantadas |
Raimundo José Lopes |
Joaquim Ferrão |
Degebe |
1986 |
11 de Fevereiro |
O Lavrador |
Raimundo José Lopes |
Luís Manuel Ourives Fezes |
|
1987 |
3 de Março |
|
|
|
|
1987 |
3 de Março |
|
|
|
|
1987 |
3 de Março |
|
|
|
|
1987 |
3 de Março |
|
|
|
|
1988 |
16 de Fevereiro |
|
|
|
B.º de Almeirim |
1989 |
7 de Fevereiro |
O Pedro Cem |
Raimundo José Lopes |
|
B.º das Espadas |
1989 |
7 de Fevereiro |
Giraldo Sem Pavor |
Raimundo José Lopes |
José Carlos Saloio |
B.º de Santo António |
1989 |
7 de Fevereiro |
Cóboiada |
Raimundo José Lopes |
|
Peramanca |
1990 |
27 de Fevereiro |
|
|
|
|
1991 |
12 de Fevereiro |
|
|
|
|
1992 |
3 de Março |
|
|
|
Canaviais |
1993 |
23 de Fevereiro |
O Estandarte |
Raimundo José Lopes |
Joaquim Ferrão |
|
1994 |
15 de Fevereiro |
|
|
|
|
1995 |
28 de Fevereiro |
|
|
|
|
1996 |
20 de Fevereiro |
|
|
|
|
1997 |
11 de Fevereiro |
|
|
|
|
1998 |
24 de Fevereiro |
|
|
|
N.ª Sr.ª de Machede |
1999 |
16 de Fevereiro |
O Príncipe Malfadado |
RaimundoJosé Lopes |
Luís Matias |
N.ª Sr.ª de Machede |
2000 |
7 de Março |
O Grupo Real |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
B.º de Almeirim |
2000 |
7 de Março |
João de Calais |
Raimundo José Lopes |
Rui Soldado |
Canaviais |
2000 |
07-mar |
Pierre, Jovem Francês |
Raimundo José Lopes |
Luis Matias |
Canaviais |
2001 |
27 de Fevereiro |
A Quinta Assaltada |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
B.º de Almeirim |
2001 |
27 de Fevereiro |
Giraldo Sem Pavor |
Raimundo José Lopes |
Rui Soldado |
Canaviais |
2002 |
12 de Fevereiro |
A Princesa Helena |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
B.º de Almeirim |
2002 |
12 de Fevereiro |
O Estandarte |
Raimundo José Lopes |
Rui Soldado |
Graça do Divor |
2003 |
4 de Março |
O Lavrador |
Raimundo José Lopes |
Susana Mourão |
B.º de Almeirim |
2003 |
4 de Março |
A Namoradeira |
Raimundo José Lopes |
Rui Soldado |
Canaviais |
2003 |
4 de Março |
D. Pedro I |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Canaviais |
2004 |
24 de Fevereiro |
As Fidalguinhas |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
B.º de Almeirim |
2004 |
24 de Fevereiro |
O Grupo Sagrado |
Raimundo José Lopes |
Rui Soldado |
Canaviais |
2005 |
8 de Fevereiro |
O Estandarte |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Graça do Divôr |
2005 |
8 de Fevereiro |
As Encantadas |
Raimundo José Lopes |
Susana Mourão |
Canaviais |
2006 |
28 de Fevereiro |
O Corsário Dragão |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Graça do Divor |
2006 |
28 de Fevereiro |
O Corsário Dragão |
Raimundo José Lopes |
Susana Mourão |
Canaviais |
2007 |
20 de Fevereiro |
Giraldo Sem Pavor |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Canaviais |
2008 |
5 de Fevereiro |
Rainha Santa Isabel |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Canaviais |
2009 |
24 de Fevereiro |
O Lavrador |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Canaviais |
2010 |
16 de Fevereiro |
O Grupo Real |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Rancho Flor Alto Alentejo |
2010 |
16 de Fevereiro |
A Fugitiva |
Raimundo José Lopes |
Rui Soldado |
Canaviais |
2011 |
8 de Março |
A Quinta Assaltada |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Rancho Flor Alto Alentejo |
2011 |
8 de Março |
As Encantadas |
Raimundo José Lopes |
José Mocho |
Rancho Flor Alto Alentejo |
2012 |
21 de Fevereiro |
Pimpinela a Namoradeira |
Raimundo José Lopes |
José Mocho |
Canaviais |
2012 |
21 de Fevereiro |
O Estandarte |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Canaviais |
2013 |
12 de Fevereiro |
As Encantadas |
Raimundo José Lopes |
Luís Matias |
Rancho Flor Alto Alentejo |
2013 |
12 de Fevereiro |
A Picadura |
Carmen Vizinha |
Mauro Fernandes |
Rancho Flor Alto Alentejo |
2014 |
4 de Março |
Os Enganados |
Carmen Vizinha |
José Mocho |
Canaviais |
2015 |
17 de Fevereiro |
D. Pedro I |
Raimundo José Lopes |
Tiago Matias |
Canaviais |
2016 |
9 de Fevereiro |
A Princesa Helena |
Raimundo José Lopes |
Tiago Matias |
Rancho Flor Alto Alentejo |
2016 |
9 de Fevereiro |
Bela - A Bondosa |
Carmen Vizinha |
Mauro Fernandes |
Rancho Flor Alto Alentejo |
2017 |
28 de Fevereiro |
Os emborcados |
Carmen Vizinha |
Pedro Cardoso |
Canaviais |
2017 |
28 de Fevereiro |
O Capuchinho |
Carmen Vizinha |
Carolina Raposo |
ABELHO, Azinhal (1973).Teatro Popular Português – Ao Sul do Tejo, 6.º Volume, Braga, Editora Pax [pp. 73-86].
ARIMATEIA, Rui (2014). As Brincas do Entrudo de Évora em 2014, Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). As Brincas do Entrudo em Évora – I (O Tempo do Carnaval ou do Entrudo), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). As Brincas do Entrudo em Évora – II (As Origens. As Brincas, hoje), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). As Brincas do Entrudo em Évora – III (Os elementos-força constituintes), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). As Brincas do Entrudo em Évora – IV (O espaço cénico), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). AS Brincas do Entrudo em Évora – V (Os Fundamentos do Sr. Raimundo José Lopes), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). As Brincas do Entrudo em Évora – VI, Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). As Brincas do Entrudo em Évora– VII (As Brincas em N.ª Sr.ª de Machede), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (2010). Brincas de Entrudo na Região de Évora – VIII(As Brincas em Machede), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui, (2010). As Brincas do Entrudo em Évora – IX (Curiosidades sobre as Brincas de Entrudo de Évora: As peles dos bombos e caixas), Ver publicação web
ARIMATEIA, Rui (1987).As “Brincas” – Manifestações Carnavalescas, in “O Giraldo”, n.º 10, Évora, 10 de Março [pp. 6-7].
ARIMATEIA, Rui (2004). Em memória de Mestre Raimundo… e das Brincas de Évora, in “Diário do Sul”, Évora, 6 de Janeiro [p.9].
BEZELGA, Isabel (2015). Altas Vozes – Brincas de Évora: práticas contemporâneas, Col. ‘Palavras-Chave’, n.º 1, Ed. ‘Arranha-céus’, Lisboa.
BEZELGA, Isabel (2010). Manifestações de teatralidade popular: As Brincas de Évora, in “Actas da Conferencia Internacional da Tradición Oral”, Ourense, Volume II, Ed. Concello de Ourense, Novembro [pp.57-63].
BEZELGA, Isabel Maria Gonçalves (2008).Viagem de ida e volta: o que podemos aprender com a arte popular?, in “Actas do Congresso Ibero Americano de Educação Artística: Sentidos Transibéricos”, Beja, Ed.
Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual [cd-rom]
BEZELGA, Isabel & VALENTE, Lucília (2010).Aprender com a Arte Popular, in “Desafios da Educação Artística em Contextos Ibero-Americanos”, Ed. APECV, Porto [pp. 254-266][ISBN: 978-989-96384-0-2].
BEZELGA, Isabel & VALENTE, Lucília (2009). “Brincas of Évora” Rituals of Carnival and performance in the south of Portugal: Rural and traditional festivities in the contemporary world, in “The International Journal of the Arts in Society, vol. 4 (Number 3). pp. 73-86. [http://www.arts-journal.com, ISSN 1833-1866].
COSTA, Soledade Martinho & BARROS, Jorge (2002). Festas e Tradições Portuguesas (Fevereiro), Ed. Círculo de Leitores, Lisboa.
COSTA, Soledade Martinho (2009).O Teatro Popular em Portugal – As “Brincas” de Évora, in Ver publicação web
FERNANDES, Maria Joaquina (2010).Canaviais –Memórias e Património de um Bairro Eborense (1900-1950), Edições Colibri, Lisboa [sobre as Brincas de Carnaval ver pp.107-112].
GODINHO, Silva (1986).Temas Oitocentistas Eborenses (Carnaval), in “A Cidade de Évora”, n.º67-68, Évora [pp. 49-52].
GUAPO, Amanda & LAFITA, Savina (2012).Apropriações das Festas de Inverno em Trás-os-Montes, in “Usos da Memória e Práticas do Património” (Coord. Paula Godinho), Col. “A Ieltsar se vai ao longe”, n.º 40, Edições Colibri / IELT – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa. [pp. 243-251].
LAFFON, Virgine (1994). Une Chronique Politique: les Danças de Carnaval dans une freguesia rurale de l’Alentejo, in “Actes du Colloque Ethnologie du Portugal – Unité et Diversité”, Paris, Centre Culturel Calouste Gulbenkian [pp. 49-57].
MATOS, Luís de (2015). Os Fundamentos das Brincas de Évora de Raimundo José Lopes, Separata de “Altas Vozes – Brincas de Évora: Práticas contemporâneas”, de Isabel Bezelga, Ed. ‘Arranha-céus’, Lisboa.
MATOS, Luís de (1985).Carnaval em Évora – Enquadramento Temporal das Brincas, in “Actas do III Congresso do Alentejo”, Ed. Associação de Municípios do Distrito de Beja, Évora [pp. 1259-1262].
MENDES, Lino (s/d). O Carnaval/Entrudo – Tempo de folia e de tradição, in “Portal do Folclore - Folclore on line”, http://www.folclore-online.com [12 Out. 2016]. [Ver Lino Mendes – Textos].
RAPOSO, Paulo (1998). O Auto da Floripes: “Cultura Popular”, Etnógrafos, Intelectuais e Artistas, in “Etnográfica”, Vol. II, N.º 2, Lisboa, [pp. 189-219].
TERRA, Carolina (1985).Abordagem Cultural do Fundamento - O Lavrador, in “Actas do III Congresso do Alentejo”, Ed. Associação de Municípios do Distrito de Beja, Évora [pp. 1259-1262].
VALE, Leandro (1978).As Brincas Carnavalescas,in “Diário do Sul”, Évora, 23 de Fevereiro [p. 5].
Temos 36 visitantes e 0 membros em linha